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Pesquisas

sábado, 3 de julho de 2010

Investidores planejam lucrar R$ 155 milhões com estádio corintiano

Este é o valor que o banco e as construtoras avaliam como possível obter com venda de camarotes e outros itens. Veja detalhes do projeto.

O plano financeiro para a construção do estádio estará detalhado no projeto que o banco Banif e as construtoras Hochtief e EIT apresentarão ao Conselho Deliberativo do Corinthians. Em encontro preliminar com o presidente do CD, Carlos Senger, os investidores ouviram do corintiano que a principal preocupação dos conselheiros é saber como a obra será paga e se não trará ônus ao clube.

O lucro que os investidores pretendem ganhar com a operação é de R$ 155,7 milhões.

Este valor seria atingido com a venda de camarotes, cadeiras VIP, cativas, da concessão para venda de publicidade interna e com o “naming rights”, que é o direito de uma empresa estampar o nome da arena, por 20 anos. No total seriam arrecadados R$ 590,5 milhões com os itens descritos. Subtraindo os R$ 342,7 milhões da construção e compras de terrenos (de 100 mil m²), mais R$ 92,1 milhões de juros do financiamento bancário, chegariam ao lucro líquido de R$ 155,7 milhões.


Os críticos de propostas de parceria para a construção de estádio, como o diretor de marketing Luís Paulo Rosenberg, avaliam que o Corinthians não pode abrir o direito da venda de camarotes e cativas e, principalmente, de escolher a empresa que aparecerá no nome do estádio. Os que apóiam dizem que o clube não teria como iniciar uma obra sem ter um parceiro com capacidade de injetar R$ 100 milhões.

Como lucrar
Os investidores venderão 15 mil cadeiras cativas, mil cadeiras cativas VIP, 50 office arena (lojas internas), além da concessão para venda de publicidade interna (placas de publicidade, por exemplo). O “naming rights” seria negociado com uma ou até duas empresas por um período de 20 anos. Com todas essas operações é possível arrecadar R$ 590,5 milhões, que descontados valores de construção, compra de terrenos (só este custaria R$ 36 milhões) e juros bancários chegariam aos R$ 155,7 milhões de lucro.

E o Corinthians?
Na assinatura do contrato, o clube cede ao investidor a marca “Corinthians”. Este é um dos pontos que incomodam os críticos a parcerias como esta. Os sócios teriam liberdade para negociar qualquer cota de patrocínio do “Estádio do Corinthians”, inclusive o nome da arena. Por 20 anos, a empresa que comprar o “naming rights” tem o direito de explorar este nome. Os investidores saem da operação assim que conseguirem o lucro e doam o campo ao clube – a empresa detentora do “naming rights”, porém, mantém seu nome ali pelo tempo que o contrato estipular. Durante o período de concessão, o Corinthians fatura com venda de ingressos, de bilhetes de estacionamento (serão 3 mil vagas) e do aluguel de espaço para lojas e restaurantes na área externa.

O estádio
O projeto de arquitetura foi feito por Augusto França Neto, que será comprado pelos investidores. França Neto foi levado à operação pelo conselheiro corintiano Edgar Soares. Seriam 24 mil lugares de arquibancada e numerada no anel inferior e 14,2 mil no superior. No intermediário, a divisão seria 15 mil cadeiras cativas, mil cadeiras cativas VIP e 100 camarotes para 16 pessoas, totalizando 1,6 mil cadeiras. Serão mais 200 vagas para tribuna de honra e 200 para a imprensa, totalizando aproximadamente 56 mil lugares. O total da área construída será de 71.487 m².

Acesso
O relatório aponta facilidades de acesso para os torcedores. São dois terrenos que seriam comprados, na divisa entre São Paulo e Guarulhos, próximo à rodovia Ayrton Senna. Segundo o documento, 11 linhas de ônibus atendem a região, além de uma estação da linha 12, a Safira, da CPTM, que está próxima. O projeto prevê a construção de uma passarela de 250 metros, que passe por cima do rio Tietê para que os torcedores que descerem na estação Engenheiro Goulart da CPTM possam caminhar até o estádio. Os estacionamentos seriam dois: um coberto, dentro do estádio, para 1,2 mil automóveis e outro externo, no próprio terreno, com 1.750 vagas.



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Botafogo 2 x 2 Corinthians



Com um gol no último minuto de jogo, o Corinthians manteve a liderança do Campeonato Brasileiro neste domingo. O zagueiro Paulo André marcou de cabeça aos 47min do segundo tempo para garantir um empate por 2 a 2 com o Botafogo, no Engenhão. O resultado segurou o time paulista na ponta da competição, com 17 pontos, antes da paralisação para a Copa do Mundo. Já os cariocas pararam nos oito pontos, na zona intermediária da tabela.

Melhor no início, o Corinthians finalizou aos 7min, com Bruno César, que bateu da entrada da área, por cima do gol. Os donos da casa responderam aos 11min, em boa arrancada de Renato Cajá, mas o meia chutou muito longe da meta. Três minutos depois, Caio se antecipou a Roberto Carlos e cabeceou com perigo, mas errou o alvo.

A equipe paulista dominava a posse de bola e ditava o ritmo do jogo. Aos 19min, Bruno César chutou com força e a bola passou perto do gol de Jefferson. O meia corintiano, destaque do primeiro tempo, apareceu novamente aos 25min, finalizando para fora em cobrança de falta ensaiada com Roberto Carlos.

O Botafogo tentava ameaçar nos contra-ataques, aproveitando a velocidade de Caio e Herrera. Aos 26min, o argentino lançou o jovem atacante, que chegou na bola antes de Roberto Carlos e bateu de primeira, mas mandou por cima.

O gol corintiano veio aos 30min, em nova jogada de Bruno César. Ele recebeu ótimo passe de Elias, driblou facilmente Fábio Ferreira e bateu de pé direito no canto de Jefferson, que ainda chegou a tocar na bola. Os cariocas não desanimaram e quase empataram aos 33min, mas o desvio de Caio dentro da área parou no travessão.

Nos minutos finais do primeiro tempo, o Corinthians manteve a posse de bola com passes precisos, fazendo o time do Botafogo correr atrás. Tudo ia bem até pouco antes do intervalo, quando Dentinho sentiu a coxa esquerda ao dar um pique e caiu sozinho no gramado.

O atacante foi substituído por Defederico para o segundo tempo, e o Botafogo não demorou a empatar. Aos 2min, Herrera conseguiu o chute dentro da área e Felipe espalmou no canto; no rebote, Renato Cajá apareceu em condição legal para estufar as redes e deixar tudo igual.

A equipe de Mano Menezes respondeu aos 10min, quando Defederico avançou pela esquerda e cruzou para Danilo. Livre na segunda trave, o meia desviou fraco e Jefferson conseguiu se recuperar a tempo, salvando o Botafogo.

Assim como na primeira etapa, a posse de bola do Corinthians era muito maior. Aos 15min, Iarley rolou para Roberto Carlos e o lateral chutou de primeira, mas a bola saiu lentamente pela linha de fundo.

O camisa 6 do Corinthians teve a chance de colocar o time na frente aos 26min em cobrança de falta, mas acertou a barreira e teve o chute travado no rebote. No contra-ataque, o Botafogo virou a partida. Marcelo Cordeiro arrancou pelo meio e abriu a jogada para Lúcio Flávio, que bateu forte, sem chances para Felipe.

O time visitante se lançou ao ataque e chegou a balançar as redes pouco antes do fim, mas o gol foi anulado. Iarley ajeitou para Roberto Carlos e o lateral soltou a bomba, que bateu no travessão e entrou. Porém, o árbitro assinalou falta do atacante corintiano no lance.

Quando a liderança já parecia perdida, Paulo André apareceu para manter a equipe paulista no primeiro posto da tabela. Após cobrança de escanteio de Defederico pela direita, o zagueiro subiu na primeira trave e desviou para o fundo do gol de Jefferson, no último lance da partida.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2 x 2 Corinthians

Gols
Botafogo: Renato Cajá, aos 2min, e Lúcio Flávio, aos 27min do 2º tempo
Corinthians: Bruno César, aos 30min do 1º tempo, e Paulo André, aos 47min do 2º tempo

Ponto Forte do Botafogo
Levou muito perigo nos contra-ataques, partindo em velocidade quando conseguia roubar a bola no meio

Ponto Forte do Corinthians
Tomou conta do meio de campo e rodou a bola com qualidade durante a maior parte do jogo

Ponto Fraco do Botafogo
O ataque pecou nas finalizações, em dia de pouca pontaria da dupla Caio e Herrera

Ponto Fraco do Corinthians
Ameaçou pouco o goleiro Jefferson e não converteu o domínio do jogo em chances de gol

Personagem do jogo
Paulo André, que marcou o gol salvador nos acréscimos

Esquema Tático do Botafogo
4-4-2
Jefferson; Alessandro, Antônio Carlos (Danny Morais), Fábio Ferreira e Marcelo Cordeiro; Leandro Guerreiro, Sandro Silva, Lúcio Flávio (Felipe Lima) e Renato Cajá (Bruno Thiago); Caio e Herrera. Técnico: Joel Santana

Esquema Tático do Corinthians
4-4-2
Felipe; Jucilei, Paulo André, William e Roberto Carlos; Ralf (Tcheco), Elias, Danilo (Paulinho) e Bruno César; Dentinho (Defederico) e Iarley. Técnico: Mano Menezes

Cartões amarelos
Botafogo: Danny Morais
Corinthians: Roberto Carlos e Paulo André

Árbitro
Leandro Pedro Vuaden (RS)

Local
Estádio do Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

domingo, 30 de maio de 2010

Com dancinha e pescaria, Corinthians faz 4 X 2 e bate Santos - 30/05/2010


O Corinthians teve neste domingo sua revanche pela derrota diante do Santos na primeira fase do Campeonato Paulista de 2010. Com direito a comemorações que incluíram imitação das dancinhas santistas e simulações de "pescaria", o time do Parque São Jorge venceu o clássico válido pelo Campeonato Brasileiro por 4 a 2, no Pacaembu. Jorge Henrique, Bruno César, Ralf e Paulinho fizeram para a equipe de Mano Menezes; André e Marcel descontaram.

O resultado deixa o Corinthians com larga vantagem na liderança, agora com 13 pontos ganhos. O próximo adversário é o Internacional, na quinta-feira. Já o Santos, que perdeu a invencibilidade na competição e segue com 8 pontos, tentará se reabilitar contra o Cruzeiro, quarta-feira, no Mineirão.

Boa parte da torcida corintiana ainda estava embaixo do "bandeirão" quando a equipe comandada por Mano Menezes abriu o placar no Pacaembu. A 1min de partida, o meia Bruno César arriscou um chute forte de fora da área, e o goleiro Felipe deu rebote. Jorge Henrique aproveitou e conferiu.

Os jogadores do Corinthians correram em direção à torcida para dançar - uma clara resposta à maneira como os santistas comemoram os seus gols. Com a bola rolando, o time da casa também estava bem coreografado. A opção por escalar dois armadores (Bruno César e Danilo) aumentou o poder de criação diante do Santos.

A escolha de Mano parecia ser tão acertada que só o Corinthians atacou nos primeiros minutos. Aos 15min, Jorge Henrique quase ampliou. O atacante, que havia reclamado da reserva e voltou a barrar Defederico, dividiu com a zaga adversária para escorar de cabeça um cruzamento de Roberto Carlos. A bola parou no travessão.

O Corinthians também estava seguro na defesa. Ralf se posicionou como um terceiro zagueiro e deu proteção ao time. Chicão não se intimidou com a ameaça de Neymar de repetir o chapéu que aplicou no clássico passado, com o jogo paralisado. Diante do atacante, o zagueiro matou a bola no peito, deu um bico para frente e foi aplaudido.

O Santos só conseguiu melhorar depois dos 20min, quando Paulo Henrique Ganso passou a ser mais eficiente. Aos 27min, Neymar rolou a bola para Marquinhos, e Felipe fez grande defesa. A zaga do Corinthians se atrapalhou na sequência, e o meia chutou para o gol. Porém, o assistente já havia marcado um polêmico impedimento.

O lance revoltou o time visitante. Enquanto Dorival Júnior protestava constantemente à beira do gramado, seu colega Mano Menezes sorria tranquilamente no banco de reservas do Corinthians. O Santos tentou trazer mais preocupação ao treinador rival no final do primeiro tempo, na base da velocidade de sua dupla de ataque.

Aos 38min, Chicão voltou a vencer uma disputa com Neymar. O santista arriscou da entrada da área, com Felipe batido no lance. Sereno, o zagueiro afastou de cabeça para salvar a sua equipe.

O Santos retornou para o segundo tempo ainda incomodado. Os jogadores não haviam aceitado um suposto tapa de William em Wesley. E Dorival não se cansou de reclamar do árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho. Quem precisou entrar em ação, no entanto, foi Mano: Jorge Henrique se contundiu e saiu ovacionado para a entrada de Iarley.

Logo em seguida, o Santos empatou. Aos 7min, Marquinhos rolou a bola para André bater cruzado para o gol. O atacante chamou os seus companheiros na direção da torcida organizada do Corinthians: sentaram no gramado e festejaram de maneira irreverente. Mas a festa dos visitantes no Pacaembu durou pouco.

O Corinthians recuperou a vantagem no placar no minuto seguinte. O lateral direito improvisado Jucilei fez um bom cruzamento na área. A bola ficou com Bruno César, que chutou com violência para restabelecer a vantagem corintiana. Desta vez, não houve espaço para comemorações ensaiadas.

Dorival tentou reanimar o Santos com Madson e Marcel nos lugares de Neymar (que deixou o campo irritado, sem cumprimentar o companheiro) e Pará. Não adiantou. Aos 22min, Ralf mostrou passou pela defesa santista com categoria e chutou no canto. Ele e seus companheiros "fisgaram o peixe" durante a vibração, simulando uma pescaria.

Quando a torcida já gritava "olé" e Mano Menezes estava mais preocupado com a marcação, Paulinho desrespeitou a ordem de ajudar a defesa. O volante, que havia substituído o elogiado Bruno César, deu uma cabeçada para ampliar aos 40min. Em seguida, Marcel diminuiu para o Santos, também pelo alto, mas era tarde para uma reação.

FICHA TÉCNICA

Corinthians 4 x 2 Santos

Gols
Corinthians: Jorge Henrique, a 1min do 1º tempo; Bruno César, aos 8min, Ralf, aos 22min, e Paulinho, aos 40min do 2º tempo
Santos: André, aos 7min, e Marcel, aos 42min do 2º tempo

Ponto Forte do Corinthians
Atuação de destaque do meio de campo na segunda etapa, marcando forte e criando chances com a dupla de armadores Danilo e Bruno César

Ponto Forte do Santos
Dominou o Corinthians no primeiro tempo e só não chegou ao gol por falta de sorte

Ponto Fraco do Corinthians
Postura muito recuada após abrir o placar no primeiro minuto, entregando a posse de bola ao Santos

Ponto Fraco do Santos
Não soube aproveitar o bom momento após o empate e sofreu três gols sem reagir

Personagem do jogo
Bruno César, que participou dos dois primeiros gols, deu ritmo ao time e só saiu porque cansou

Lance polêmico
Gol anulado de Marquinhos no primeiro tempo, quando o auxiliar apontou impedimento e revoltou os santistas

Esquema Tático do Corinthians
4-4-2
Felipe; Jucilei, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Danilo e Bruno César (Paulinho); Jorge Henrique (Iarley) e Dentinho (Paulo André). Técnico: Mano Menezes

Esquema Tático do Santos
4-4-2
Felipe; Pará (Marcel), Edu Dracena (Zezinho), Durval e Léo; Arouca, Wesley, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Madson) e André. Técnico: Dorival Júnior

Cartões amarelos
Corinthians: Chicão, William e Bruno César
Santos: Neymar

Árbitro
Sálvio Spinola Fagundes Filho (SP)

Local
Estádio do Pacaembu, São Paulo (SP)

Público
27.681 pagantes

Renda
R$ 825.707,50

Grêmio Prudente 2 x 2 Corinthians - 26/05/2010


O Corinthians perdeu seus primeiros pontos no Campeonato Brasileiro, mas manteve a invencibilidade e a liderança da competição com um empate por 2 a 2 nesta quarta-feira, diante do Grêmio Prudente, fora de casa. Por duas vezes o time alvinegro esteve atrás no placar e buscou a igualdade: primeiro com o capitão William e depois com o estreante Bruno César. Todos os gols do jogo saíram em lances de bola parada.

O resultado deixou a equipe da capital paulista com dez pontos ganhos após quatro rodadas, na ponta isolada da tabela da Série A. Já o time de Presidente Prudente foi a quatro pontos, ainda perto da zona de rebaixamento.

A partida começou com marcação forte no meio de campo, com as duas equipes travando o jogo e ameaçando principalmente por bolas paradas. Aos 4min, Wesley aproveitou rebote da defesa corintiana e chutou, com desvio, por cima da meta. No minuto seguinte, Carlos Eduardo cobrou falta da direita e Felipe defendeu firme.

A primeira chegada do Corinthians veio aos 10min, com chute travado de Souza que saiu por cima. Moacir arriscou de fora da área aos 14min e mandou para longe. Melhor no jogo, o Prudente aproveitou chance aos 17min para abrir o placar. Wesley cruzou da esquerda e Wanderley, livre, chutou cruzado no canto de Felipe para balançar as redes.

O Corinthians teve dois pedidos de pênalti, em cima de Defederico e Dentinho, ignorados pelo árbitro Paulo César de Oliveira, assim como o Prudente, que ficou reclamando de penalidade em Flavinho. O jogo seguiu truncado, e o time da capital só voltou a finalizar aos 25min, quando Dentinho aproveitou vacilo da zaga e bateu para fora após desvio.

O gol de empate só veio na bola parada, e de forma irregular. Defederico levantou na área em cobrança de falta, Chicão, impedido, escorou de cabeça e William girou com estilo para chutar e vencer o goleiro Márcio a curta distância. A equipe alvinegra se empolgou e quase virou aos 37min, mas Ralf bateu na rede pelo lado de fora após rebote do camisa 1 do Prudente.

O Corinthians melhorou no fim do primeiro tempo e chegou novamente em chute perigoso de Elias, aos 42min, mas sofreu o segundo gol antes do intervalo, novamente na bola parada. Aos 44min, Sasha rolou para Diego em cobrança de falta e o defensor soltou a bomba de pé esquerdo; Felipe ficou olhando e a bola estufou a rede corintiana.

O técnico Mano Menezes voltou para a segunda etapa com Jucilei no lugar de Moacir, mas não pôde fazer mais nada para ajudar a equipe. Aos 4min, ele foi expulso por reclamar do árbitro. A partida continuou equilibrada no meio de campo, com marcação cerrada e pouca criação. Aos 11min, Roberto Carlos bateu falta com força, mas Márcio caiu no canto direito para fazer a defesa.

Aos 20min, Dentinho escapou da marcação e cruzou rasteiro da esquerda; Márcio defendeu parcialmente, mas Souza completou por cima do gol no rebote. Pouco depois, o argentino Defederico, que havia recebido de Mano a garantia de que ia atuar com mais frequência, deu lugar a Jorge Henrique após atuação mediana.

Com o time apresentando dificuldades para criar, o meia Bruno César fez sua estreia pelo Corinthians substituindo Elias aos 27min. E em seu primeiro lance, no minuto seguinte, empatou a partida. Ele bateu falta de pé esquerdo, direto para o gol, e a bola desviou no zagueiro Dênis, enganando o goleiro Márcio.

Embalado pelo segundo empate da noite, o time da capital passou a pressionar, e perdeu chances consecutivas de virar. Aos 31min, Jorge Henrique cabeceou no travessão um cruzamento vindo da direita. Com 37min, foi a vez de Souza acertar o poste superior com uma cabeçada, mas o lance já estava invalidado por impedimento. Apesar dos ataques corintianos, o placar não foi mais alterado até o apito final.

FICHA TÉCNICA

Grêmio Prudente 2 x 2 Corinthians

Gols
Grêmio Prudente: Wanderley, aos 17min, e Diego, aos 44min do 1º tempo
Corinthians: William, aos 32min do 1º tempo, e Bruno César, aos 28min do 2º tempo

Ponto Forte do Grêmio Prudente
Bom posicionamento defensivo no meio de campo, segurando a pressão do Corinthians após o empate no segundo tempo

Ponto Forte do Corinthians
Melhorou a movimentação ofensiva com a entrada de Bruno César, que deu mais dinamismo a um time lento

Ponto Fraco do Grêmio Prudente
Falhou nas duas jogadas de bola aérea que resultaram nos gols corintianos

Ponto Fraco do Corinthians
Meio de campo sem inspiração durante boa parte do jogo, deixando o ataque isolado

Personagem do jogo
Bruno César, que deu outra movimentação à equipe do Corinthians em sua estreia e marcou um gol no primeiro lance após entrar

Lance polêmico
Chicão estava impedido no lance do gol do Corinthians, antes de ajeitar de cabeça para o chute de William

Esquema Tático do Grêmio Prudente
4-4-2
Márcio; Sasha, Dênis, Leonardo e Diego; Anderson, João Vítor, Carlos Eduardo (Henrique Dias) e Wesley (Anderson Luís); Flavinho (Geovane) e Wanderley. Técnico: Toninho Cecílio

Esquema Tático do Corinthians
4-4-2
Felipe; Moacir (Jucilei), Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Paulinho, Elias (Bruno César) e Defederico (Jorge Henrique); Souza e Dentinho. Técnico: Mano Menezes

Cartões amarelos
Grêmio Prudente: Anderson, Leonardo e Geovane
Corinthians: Elias, Ralf, Roberto Carlos e Defederico

Árbitro
Paulo César de Oliveira (Fifa/SP)

Local
Estádio Prudentão, Presidente Prudente (SP)

domingo, 23 de maio de 2010

Corinthians 1 X Fluminense 0



O zagueiro Chicão demonstrou humildade para seguir os ensinamentos do consagrado Roberto Carlos e foi premiado com o gol da vitória por 1 a 0 do Corinthians sobre o Fluminense. No momento da cobrança da falta que balançou as redes do goleiro Rafael, o defensor foi alertado pelo companheiro sobre uma falha na composição da barreira.

"Falei para o Chicão: pode bater por fora da barreira que é gol. O goleiro deixou espaço, ele (Rafael) achou que eu ia bater com a perna esquerda. A gente procura treinar esse tipo de jogada", disse Roberto Carlos.

Herói da tarde, Chicão alerta os adversários que o Corinthians conta com armas fundamentais nas bolas paradas. O zagueiro é especialista em infrações de perto, enquanto Roberto Carlos brilha principalmente em chutes de longa distância.

"A gente sabe que bola parada decide 70% dos jogos. Fui feliz em minha cobrança", afirmou o defensor, que também falou sobre a pressão do Fluminense. "É normal sufoco, eles vieram para cima tentar o empate".

O resultado positivo coloca o Corinthians na liderança do Campeonato Brasileiro. O time é o único com 100% de aproveitamento em três rodadas.

domingo, 16 de maio de 2010

Grêmio 1 x 2 Corinthians


O Corinthians conseguiu encerrar um tabu que já durava 11 anos: o de não vencer no Olímpico. Neste domingo, o time paulista derrotou o Grêmio por 2 a 1 e conquistou o seu segundo triunfo no Campeonato Brasileiro.

Corinthians derruba tabu de 11 anos e derrota reservas do Grêmio


Preocupado com a decisão da semifinal da Copa do Brasil, o Grêmio adotou um time reserva para enfrentar o completo Corinthians, que só teve Ronaldo entre os ausentes. E isso ajudou a quebrar o tabu que perdurava desde 1999, ano da última vitória alvinegra no estádio gremista e também a encerrar o bom retrospecto do time gaúcho no Olímpico: desde setembro de 2008 a torcida tricolor não saia derrotada em seu estádio em jogos do Brasileiro.

Com o Brasileiro em seu início - esta é a segunda rodada-, o Corinthians fica com a primeira colocação isolada graças ao empate entre Avaí e Cruzeiro e também nos jogos de Guarani e Palmeiras. O Grêmio, envolvido com a Copa do Brasil, ainda não conseguiu vencer no Nacional e está na rabeira da tabela de classificação.

No primeiro tempo em que a marcação deu a tônica da partida, quem se deu melhor no placar das chances foi o Corinthians.

Logo aos 5min, o Corinthians fez o primeiro gol da partida depois de Dentinho cobrar escanteio e Ralf subir mais que todos na área e testar para o fundo do gol de Victor. Foi o primeiro gol do volante com a camisa corintiana.

Apesar de ter criado menos chances, foi o Grêmio quem esteve muito mais próximo de fazer outro gol na partida, novamente em uma jogada de escanteio. Só que desta vez a bola veio a meia altura, passou por todo mundo e Leandro, livre, cabeceou nas mãos de Felipe.

No segundo tempo, com Jonas no lugar de Douglas, o Grêmio melhorou. Logo nos minutos iniciais, Leandro novamente assustou o goleiro Felipe ao pegar sobra da zaga e chutar rente à trave direita. Minutos mais tarde foi o substituto Jonas quem arriscou de fora da área para a defesa segura do camisa 1 corintiano.

Depois do sustos, o Corinthians teve um pouco mais de controle do jogo. Apesar de o Grêmio ter passado a chutar mais a gol quem saiu para a comemoração foi novamente o time visitante.

Dentinho escapou pela esquerda e cruzou rasteiro. Victor não pegou, Bruno Collaço furou e Souza teve calma para dar um leve toque para fazer o segundo do Corinthians, seu segundo no Brasileiro.

Em mais uma troca de Silas, o Grêmio conseguiu descontar. Jonas serviu Maylson, substituto de Hugo, que se livrou da marcação de William e chutou na saída de Felipe. Sem conseguir ser mais perigoso, pesou o fato de apenas os reservas estarem em campo.

FICHA TÉCNICA

Grêmio 1 x 2 Corinthians

Gols
Grêmio: Maylson, aos 29min, do segundo tempo
Corinthians: Ralf, aos 5min do primeiro tempo e Souza, aos 19min do segundo tempo

Ponto Forte do Grêmio
Melhorou no segundo tempo com as entradas de Jonas e Maylson e passou a ser mais perigoso, principalmente pela direita, com as descidas de Joílson. Não deixou de tentar o gol de empate

Ponto Forte do Corinthians
Marcou bem no primeiro tempo, soube segurar o Grêmio no segundo e teve maior volume de jogo

Ponto Fraco do Grêmio
Apatia no primeiro tempo: muitos erros de passe e poucas oportunidades criadas

Ponto Fraco do Corinthians
Recuou demais no segundo tempo e os laterais apoiaram pouco no ataque

Personagem do jogo
Dentinho foi o garçom da noite e deu passe para os dois gols corintianos

Esquema Tático do Grêmio
3-5-2
Victor, Joilson, Rafael Marques, Mário Fernandes (Fernando) e Bruno Collaço; William Magrão, Fábio Rochemback, Douglas (Jonas) e Hugo (Maylson); Leandro e Bergson. Técnico: Silas

Esquema Tático do Corinthians
4-3-3
Felipe; Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos, Ralf, Jucilei e Elias; Jorge Henrique (Danilo), Souza e Dentinho. Técnico: Mano Menezes

Cartões Amarelos
Grêmio: Douglas, Leandro
Corinthians: Jorge Henrique, Dentinho

Árbitro
Elmo Alves Resende Gunha (GO)

Local
Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS)

Corinthians 2 x 1 Atlético-PR


Quatro dias depois da frustrante eliminação na Copa Libertadores, o Corinthians teve dificuldades, mas bateu o Atlético-PR por 2 a 1, de virada, no Pacaembu, na estreia das duas equipes no Campeonato Brasileiro. Souza, que entrou no segundo tempo, e Ronaldo marcaram para os donos da casa, que terminaram a partida com dois jogadores a mais (o goleiro Neto e o meia Paulo Baier foram expulsos).

O Pacaembu ainda refletia neste domingo a eliminação na Libertadores diante do Flamengo. O time alvinegro jogou para um público razoável (cerca de 10 mil presentes) e não escapou de ouvir o coro "não é mole não, o Brasileiro virou obrigação" antes de a bola rolar. Pressionado, o Corinthians dominou o primeiro tempo, mas teve dificuldades para criar chances reais de gol.

Um chute de longe de Jorge Henrique que passou perto da trave do goleiro Neto e uma finalização prensada de Danilo, após belo passe de Ronaldo, levantaram a torcida no Pacaembu. A situação parecia que iria melhorar para o Corinthians quando o veterano Paulo Baier, que já tinha amarelo, tocou a bola com o braço e foi expulso, deixando os visitantes com um a menos, aos 41min.

Mas foi justamente quando a equipe de Mano indicava que iria aumentar a pressão que o Atlético-PR, que até então só havia assustado em cabeçada de Chico, abriu o placar. O estreante Wagner Diniz, emprestado pelo São Paulo, cobrou falta da esquerda e a bola passou por toda a defesa antes de morrer no fundo das redes do goleiro Felipe.

Os dois times voltaram com alterações para o segundo tempo. Alessandro deu lugar a Souza no Corinthians, enquanto Javier Toledo saiu para a entrada de Netinho no time rubro-negro. Os donos da casa partiram para cima. Aos 3min, Danilo chutou, Neto defendeu e, no rebote, Elias carimbou Bruno Costa, desperdiçando ótima chance. Pouco depois, foi a vez de Roberto Carlos parar duas vezes no goleiro rival. O gol de empate parecia questão de tempo. E saiu aos 14min dos pés do criticado Souza, que chutou colocado após corta-luz de Ronaldo.

Após o empate, o Atlético-PR se soltou mais e o jogo ficou aberto. A equipe paranaense, porém, se complicaria novamente aos 25min. Dentinho recebeu grande passe de Chicão e foi derrubado pelo goleiro Neto, que levou o vermelho direto. Com dois a menos, o time rubro-negro se fechou em duas linhas de quatro, enquanto o Corinthians se lançou para o ataque. O gol do triunfo alvinegro saiu aos 38min. Souza foi empurrado por Alan Bahia na área. Pênalti, que Ronaldo converteu.

O Corinthians volta a campo no próximo domingo, quando visita o Grêmio no estádio Olímpico. No mesmo dia, o Atlético-PR tenta a recuperação diante de outro rival paulista, o Guarani, na Arena da Baixada.

FICHA TÉCNICA

Corinthians 2 x 1 Atlético-PR

Gols
Corinthians: Souza, aos 14min, e Ronaldo, aos 38min do segundo tempo
Atlético-PR: Wagner Diniz, aos 45min do primeiro tempo

Ponto Forte do Corinthians
Pressionou o tempo todo até encontrar os gols na etapa complementar

Ponto Forte do Atlético-PR
Conseguiu abrir o placar mesmo com um a menos e mostrou consistência defensiva

Ponto Fraco do Corinthians
Dificuldade para criar chances no primeiro tempo e falhas no jogo aéreo na defesa

Ponto Fraco do Atlético-PR
Mesmo no 11 contra 11, mostrou muita falta de criatividade no primeiro tempo

Personagem do jogo
Souza. Criticado pela torcida, o atacante entrou no segundo tempo e mudou a partida

Lances polêmicos
- Na expulsão de Paulo Baier, os atleticanos reclamaram que o jogador foi empurrado antes de tocar a mão na bola
- Os atleticanos reclamaram muito do lance do pênalti sobre Souza, alegando que o jogador simulou

Esquema Tático do Corinthians
4-4-3
Felipe; Alessandro (Souza), Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf (Iarley), Elias e Danilo (Jucilei); Dentinho, Ronaldo e Jorge Henrique. Técnico: Mano Menezes

Esquema Tático do Atlético-PR
3-5-2
Neto; Leandro, Rhodolfo e Bruno Costa; Wagner Diniz, Chico, Alan Bahia (Alex Mineiro), Paulo Baier e Márcio Azevedo; Marcelo (João Carlos) e Javier Toledo (Netinho). Técnico: Leandro Niehues

Cartões Amarelos
Corinthians: Danilo e Souza
Atlético-PR: Paulo Baier, Alan Bahia e Leandro

Cartão Vermelho
Atlético-PR: Paulo Baier e Neto

Público: 9.237 pagantes

Árbitro
Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)

Local
Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP)